Depressão e graça

Tempo de leitura: 2 min

Escrito por Celso Melo


Este livro autobiográfico narra a experiência da autora (Judith Kemp) com a depressão. Creio que não é exagero afirmar que a depressão nos conduz a um quadro clínico sério e que deve ser encarado como tal. Por anos e anos tenho sondado este estado de alma bem de perto. Doença para alguns; temperamento para outros; opressão maligna para outros tantos; enfim, a depressão e a pessoa por trás dela frequentemente são estigmatizadas – o que obviamente não produz nenhum benefício.

A razão principal da recomendação desde livro é um fato bem simples que tenho observado: Por mais que o depressivo precise entrar em uma relação profissional de ajuda na qual ela receba conhecimento além do senso comum sobre a depressão; por vezes, ele se sente bem e reage favoravelmente diante de narrativas de pessoas que também vivenciaram quadros depressivos. Obviamente que cada caso é um caso, porém há linhas de similaridades em quase todos. Em termos de sintomatologia temos o humor triste e o desânimo. Judith Kemp se perguntava:

  • Por que eu?
  • Será que estou doente?
  • A culpa é dos meus pais?
  • Será que preciso de aconselhamento profissional?
  • Um cristão pode ficar deprimido?
  • Que fiz para merecer isso?
  • Será um ataque satânico?
  • Onde está Deus quando mais preciso dele?
  • O que é graça?
  • Como fazer com os sentimentos de culpa?
  • Como sabemos que Deus é gracioso?
  • Como Deus pode ser glorificado em meio a tanta confusão?


Se estas perguntas também mexem com você, “Depressão e Graça”, irá ajudá-lo a lançar luz sobre todas elas, especialmente se seu estado parece não ter razão de ser. Judith Kemp não conseguia encontrar causas que indicassem uma origem racional para o seu estado. Sempre fora uma boa menina na infância, uma ótima estudante, uma excelente filha, e também, se encontrava dentro de um casamento sem conturbações, fazendo a obra de Deus como sempre havia sonhado. No entanto, apesar de todo esse currículo de “imunidade”, a depressão faz-se presente. No final (como sempre) a graça prevaleceu sobre sua situação, mas até quando isto se deu, um longo caminho foi percorrido. Se você está passando por situação similar, ou conhece alguém… e quer ajudar… recomendo esta leitura a fim de que seus aconselhamentos não sejam banais com frases do tipo: “Você! Não me diga! O que há de errado? Saia dessa! Não há razões para você está assim!” Esta e outras frases não surtem efeito algum, e infelizmente os depressivos as ouvem praticamente todos os dias.

Celso Melo
Ipatinga / MG

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