Imagine que a história de sua vida pudesse estar em exposição (desde já, ante da sua morte) numa grande galeria de arte…
O que as pessoas diriam a seu respeito?
Quem foi você?
Como viveu?
Se elas pudessem definir em uma única palavra, qual palavra seria capaz de condessar toda sua história nesta terra?
Somente Deus pode sondar e realmente saber plenamente sua identidade. Quanto às pessoas, no máximo, elas farão a interpretação do que você expos na sua galeria. Note que as pessoas fazem leitura de quadros, mas o que elas preferem mesmo, é a expectação de filmes. Quadros não são fáceis de interpretar. Carregam mensagem isoladas. Já os filmes não; há um sequenciamento, conexão e coesão entre as partes – a saber, quadros isolados, afinal todo filme é a junção de quadros isolados os quais na velocidade apropriada, formam o que se assiste nas telas.
“E o que quadros e filmes tem a haver com minha identidade?”, talvez essa seja sua pergunta. Bom, toda ação que você executa é como um quadro exposto. Pense nisso. As pessoas observam, mas ainda não sabem exatamente do que se trata; e como vincular essa ação a sua identidade. E quando há um espaçamento grande entre as ações, naturalmente não há conexão de energia suficiente para definir a identidade que está por trás das ações, entende?
E se um historiador, depois de um longo tempo, pudesse narrar a sua história a partir da exposição dos seus quadros (ações realizadas)? Qual seria a narrativa que ele faria?
Talvez ele diria que você foi alguém que ensaiou ser… ou diria que você foi alguém que tinha o seguinte hobby: … O que completará as reticências será o resultado impreciso de uma tentativa de síntese de leitura dos quadros.
Mas, quando o que você expõe é um filme, tudo muda! Imagine que você saia hoje da sua procrastinação, e faça algo que vai ao encontro do que realmente está no seu coração. Imagine ainda, à noite, você indo para cama feliz por finalmente ter conseguido fazer o que tem a sua marca. Chamo essa alegria de refluxo do Espírito Santo em nós. Vamos prosseguir na imaginação:
O dia amanhece, você novamente vence a baixa energia da procrastinação e repete o feito de ontem. Novamente, dorme feliz, acorda e volta a pintar seus quadros. Mais energia, mas ações, mais quadros, mais energia, mais amplitude, mais felicidade, mais expectadores, mais transbordo, mais energia, mais alcance, mais felicidade e assim sua vida segue; e quando o nosso historiador imaginário, chega para narrar sua vida, ele se surpreende: não encontra quadros, ele contempla um filme.
Agora sim, ele e as pessoas, sabem sobre sua identidade. Não há dificuldades para interpretar. Ao contrário, há reconhecimento, admiração e inspiração. Você não se conteve, não se omitiu, você se expos ao mundo. Trouxe glória para o seu criador.
Hoje, durante a caminhada matinal que normalmente faço todos os dias, conversei com um caminhante, falando exatamente sobre a falta de constância que temos naquilo que nos propomos a fazer. Note que eu escrevi acima “normalmente faço”; o que significa que às vezes falho. Nesse aspecto, tenho lançado ao mundo apenas quadros isolados; e eles não me definem. Preciso entregar mais energia a fim de eu produza um verdadeiro filme.
Somente Deus pode sondar e realmente saber a minha e sua identidade. Tendo consciência dos meus sentimentos e emoções, vejo que Ele me faz sentir a realidade dela, mesmo estando minha vida “ainda” distante daquilo que Ele me chamou. Mas, precisamos entender que há um trabalho de construção a ser feito, como bem disse alguém: “você não é aquilo que faz; você é aquilo que faz repetidamente”.
Se fez sentido para você, compartilhe esse blog com quem Deus colocar no seu coração. Essa é uma das principais maneiras de você me ajudar a levar essa mensagem a diante. Mas, saiba: não será apenas eu. Fazendo isso, você também estará presente. Até a próxima.
Celso Melo
Ipatinga /MG
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