Quem é o seu Deus? Por favor, não se apresse em responder que é Jesus ou Jeová, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó ou simplesmente o criador dos céus e da terra. Tente, antes de tudo, responder para si mesmo: O que mais gosto de fazer na vida? O que normalmente faço quando não estou trabalhando? Gosto de ler livros? Quais são meus prediletos? Qual é o tema dominante em minhas conversas? Quais são meus hobbies? O que mais facilmente alegra meu coração? E as outras pessoas?… Qual é a razão principal delas me procurarem? O que acham de mais importante em mim? O que tenho que elas mais gostam?
Pensou e conseguiu responder? Talvez, depois de sinceramente ter respondido essas questões, outra tenha surgido e agora uma grande dúvida o domina: “Será que meu Deus realmente é o criador do universo, o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo?”.
A maioria das pessoas responde que o Deus e salvador delas é Jesus, principalmente o povo cristão. Mas poucos sabem as implicações desta afirmação. Há três verbos que andam ligados na vida cristã: Ter, ser e fazer. Se “tenho” um Deus, ele se manifestará em minha vida no ser e no fazer. Primeiramente no meu ser; depois no meu fazer. Para que fique claro, reafirmo: Se eu digo que Jesus é o meu Deus, deve haver implicações em meu ser, e depois visualizações no meu fazer que demonstrarão às pessoas que realmente relaciono-me com Deus.
Todos tem um deus; alguns mais de um, outros uma multiplicidade. Ao ter respondido às perguntas acima, talvez você tenha descoberto em perplexidade que seu deus é um time de futebol, o esporte que você pratica, as posses que possui, o cinema, os filmes que você assiste compulsivamente, as novelas das quais sempre comenta, sua coleção de jogos, seu trabalho e status que ele produz. Pode ter descoberto aterrorizado que seu deus tem cara de cachorro… é o seu próprio cão… seu gato ou o automóvel que comprou e ostenta perante os amigos.
Paulo, o apóstolo, escreveu dizendo que os homens “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente” (Rm 1.25). E mais ainda: “Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm 1.23). Todos estes ídolos que são adorados por muitos, bem como os mais sutis, a exemplo do time de futebol e seus “jogadores-ídolos” servem a um deus maior chamado o deus do prazer. Todas as pessoas que não encontram seu prazer no Deus verdadeiro está na mirra deste deus, afinal sem prazer ninguém vive…
Paulo também escreveu que nos últimos dias os homens seriam “traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2Tm 3.4). Portanto, é necessário saber, antes de tudo, que há prazer e alegria no relacionamento com Deus, mas quando há simplesmente dever religioso e cumprimento de normas, o que pensar do Deus e da fé que dizemos ter? Ter Jesus é uma questão de amá-lo. Não simplesmente acreditar que Ele existiu ou está vivo. Você o tem se o ama, e se você o ama encontrará nele o seu prazer.
Celso Melo
Ipatinga / MG
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